terça-feira, 26 de junho de 2012

O Verdadeiro Guerreiro Imortal


            
               “Mesmo na cadeira, pretendo conhecer a Arena”

O acidente de trabalho sofrido por Ayrton Costa, 42 anos, foi um duro golpe em sua vida. A paraplegia provocada por uma queda de 7 metros não tira o brilho no olhar de um gremista ferrenho que apesar das dificuldades, só pensa em um dia voltar a entoar cânticos e gritar pelo seu time do coração nas arquibancadas. Mas esse não foi o primeiro drama na vida deste guerreiro.
                  
                             A mudança nos rumos da vida

Um ano antes da fatalidade, em 2005, ele sofrera dois graves acidentes, ambos em Taquara. “No primeiro estava bêbado, sozinho e sem cinto, caí de um barranco de uns 5, 6 metros, mas nada me aconteceu, só o carro que deu perda total”.
O seu querido Santana Quantum fora substituído por uma caminhonete meses mais tarde, no entanto, o destino quis que o novo carro, tivesse o mesmo destino do antigo. “Foi em um sábado às 3 horas da manhã, voltando de uma festa, estava chovendo e fui passar de uma pista para a outra, perdi o controle do carro. Como estava em alta velocidade, não tive como evitar, capotei, mas sem nenhum ferimento.”

A rotina do gremista apaixonado de Taquara mudou drasticamente há seis anos. Ele confessa que no dia do acidente estava sem equipamento de segurança montando um pavilhão metálico a cerca de 7 metros do chão, questionado quanto à negligência de trabalhar sem nenhum tipo de proteção, Ayrton revela: “minha empresa não me ofereceu nenhum tipo de suporte e ainda quando indagado sobre meu acidente, meu chefe simplesmente disse que eu não quis utilizar os equipamentos devidos”.

O acidente custou duas fraturas na coluna causando paraplegia e deixando movimentos apenas nos braços e cabeça, levando-o a ser mais um entre os 28 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, segundo dados do IBGE.

                            
                                 A triste realidade

Sem dinheiro e inválido, ele se viu obrigado a morar em uma casa com sua mãe e seus dois sobrinhos, e se vendo à custa da aposentadoria que não cobre todos os gastos, Ayrton passa por imensas dificuldades. Como passa a grande maioria de seu dia em uma cama hospitalar adaptada em sua casa, Ayrton contraiu escaras, um tipo de inflamação que ocorre quando não há movimentação dos membros do corpo, logo, seus cotovelos e glúteos estão terrivelmente castigados.

Além disso, ele luta constantemente contra as constantes infecções urinárias que tem. “Elas acontecem subitamente, pois como não tenho sensibilidade do mamilo para baixo, tenho de fazer minhas necessidades por meio de sondas e isso implica em muitas complicações”. Para minimizar as dores, sua família comprou uma cadeira de rodas para que ele pudesse ao menos ficar sentado assistindo aos jogos do seu time de coração e pudesse ter um melhor conforto.

                                   A paixão pelo Grêmio

Apesar de não ter condições hoje de ir aos jogos do Grêmio, em Porto Alegre, Ayrton ostenta o sonho de pisar na nova casa gremista. “Pretendo voltar o quanto antes aos estádios, mesmo estando na cadeira, quero conhecer a Arena”. A leitura e o Facebook são os seus grandes passatempos, e eles estão interligados entre o seu presente e futuro. A partir da rede social, Ayrton conheceu uma mulher, que segundo ele, mudou sua vida. “Camarada não acreditava mais no amor, mas em abril conheci alguém muito especial, sabe de todos os meus problemas e sabe como agir, além de ter muito respeito por mim”.

                                  Planos para o futuro

Com o relacionamento, ele decidiu por escrever um livro, tendo-o como personagem principal, contando sobre as dificuldades diárias do seu tratamento. Ele complementa: “não tenho grandes objetivos na vida profissional, quanto menos para o futuro, mas escrever, é algo fascinante, quero expor ao mundo as dificuldades e preconceitos que um paraplégico enfrenta todos os dias”. Ele ainda não tem nome para o seu livro, mas o empenho de sua companheira e o dele, certamente fará com que Ayrton renove-se e jamais perca a crença que nem tudo está perdido e é possível ser feliz, independente das circunstâncias. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dia de Grêmio




Às 21 horas na Arena Barueri, Grêmio e Palmeiras duelam pela última vaga a grande final da Copa do Brasil. O Palmeiras confortável por ter vencido o jogo de ida no Olímpico pelo placar de 2x0 vai de encontro a imortalidade gremista, onde o improvável, não significa absolutamente nada.

90 minutos separam o Grêmio da glória. Ou do abismo. Enfrentar o ferrolho proposto por Luís Felipe Scolari, que tem no jovem zagueiro Henrique ora atuando como líbero, ora como primeiro volante é o grande desafio de Luxemburgo para essa noite.

Em relação a derrota frente ao Náutico, nos Aflitos, no último domingo, o tricolor tem a volta de seu principal jogador: Fernando. Werley e Souza plenamente recuperados de lesão, também vão a jogo. A única dúvida é por conta do esquema tático. Luxa sabe que tem de ir para cima do adversário e por isso, pode manter o time com Miralles, Moreno e Kléber na frente, assim sacando Marco Antônio dos 11 que iniciam jogando.

Já no Palmeiras, a grande novidade fica por conta da volta do "Mago" Valdívia. Afastado da equipe e recluso no Chile por conta de um sequestro relâmpago que sofrera em São Paulo, hoje ele está de volta afim de mostrar a torcida palmeirense que o trauma, é coisa do passado. Luan, machucado, dá lugar ao novo talismã de Scolari, Mazinho. O jogador que entrou em duas oportunidades contra Grêmio e Vasco respectivamente e fez dois gols, é a grande aposta para ajudar Barcos no ataque.

É matar ou morrer em Barueri. Tudo está contra o Grêmio. Placar adverso, time desacreditado e um ataque que a dois jogos não balança as redes. Mas e quem disse que isso importa? A torcida apaixonada jamais deixará de apoiar, mesmo nos momentos mais difíceis e ainda tem Kléber, o grande imortal que certamente dará sua vida em campo.

É hoje, às 21 horas, avante torcida, rumo à final!

Érik Pastoris

(erik.0391@hotmail.com)



terça-feira, 19 de junho de 2012

Pra começar a semana bem... Pearl Jam



Já postei esse mesmo vídeo um tempo atrás, mas vale a pena repetir a dose.

Eddie Vedder e o Pearl Jam, certamente estão na minha lista de inspirações diárias.

Escutem essa voz, simplesmente fantástica.

I still alive baby!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Há 50 anos, Brasil conquistava o bi mundial no Chile


Garrincha, o gênio das pernas tortas era imortalizado em terras andinas.



Djalma Santos, Zito, Gilmar, Zózimo, Nilton Santos e Mauro (em pé). Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo (agachados). Esta era a equipe que levaria o Brasil ao bi.

A Copa do Chile trazia grandes perspectivas à nação brasileira. Eufórica pelo campeonato de 58, a seleção embarcou rumo aos Andes com a certeza de que a Taça Jules Rimet voltaria na mala. E foi exatamente o que aconteceu. O bicampeonato mundial da seleção canarinho acontecia exatamente há 50 anos, o dia 17 de junho de 1962 coroou a equipe que viu Garrincha suprir com majestosas apresentações, a ausência de Pelé, machucado.

O sentimento era de uma seleção imbatível. Jogadores como Pelé, Garrincha, Vavá e Amarildo assombravam as zagas adversárias. O primeiro jogo fora vencido sem maiores dificuldades por 2x0 frente ao selecionado mexicano com gols de Pelé e Zagallo. No entanto, o 2° jogo mudaria os rumos da história daquele mundial.       
                                        
                                  Pelé se contunde e surge a estrela de Garrincha

                                   
                                              Pelé no momento da contusão

Ainda no 1° tempo contra a antiga Tchecoslováquia, Pelé sentiu uma lesão na coxa direita, que o deixaria de fora do resto do campeonato. Como ainda não era permitida a substituição de jogadores, o Rei se arrastava em campo. O jogo acabou 0x0, e os torcedores, apreensivos. Hildebrando Costa, portoalegrense então com 29 anos, conta um pouco do sentimento naquele dia. “Quando Pelé se lesionou, lembro que todos estavam apreensivos, apesar de termos Garrincha, Zito e Didi, ninguém acreditava no bi sem ele”. Porém, o “anjo das pernas tortas” ditaria o ritmo dali por diante.

Logo no jogo seguinte, Garrincha foi brilhante ao ajudar Amarildo, o substituto do Rei, marcando os dois gols da vitória por 2x1 contra a Espanha, em jogo marcado pela genialidade da “Enciclopédia do futebol” Nilton Santos, que ao cometer pênalti, deu um passo para fora da grande área, enganando o juiz, que assinalou falta para os espanhóis. O Brasil estava classificado as quartas e enfrentaria a poderosa Inglaterra, que quatro anos mais tarde, também se sagraria campeã mundial.
                                                 
                                              O drible desconcertante em Garrincha

                                              

Os espectadores do estádio Sausalito, em Viña do Mar, viram um baile naquela tarde. Garrincha colocou para dançar a zaga inglesa durante os 90 minutos. O que era para ser um jogo de extrema dificuldade fora reduzido a um show inesquecível na memória de  Hildebrando. “Gostava muito de vê-lo jogar no Botafogo, mas o que o “anjo” fez naquele dia, jamais me esquecerei, os ingleses até hoje estão procurando a bola”, brinca. Garrincha duas vezes e Vavá garantiram a vaga nas semifinais, com Hitchens descontando para os ingleses.

O que ficará marcado para todo o sempre naquele dia foi a invasão de um cachorro no gramado. O Chile é reconhecido mundialmente por ter muitos cães vivendo nas ruas, pois estes são sensíveis a abalos sísmicos e podem prever tais tragédias. Eis que um desses invadiu e rodou o campo inteiro correndo, todos tentavam pegar o cachorro, sem sucesso.

Antônio da Silva, gaúcho de Taquara, aos 80 anos ainda é nostálgico quanto ao acontecimento. “Garrincha foi tentar pegar o cachorro e tomou um drible capaz de causar inveja a qualquer amante do futebol, foi demais!” exalta.

Até que Garrincha foi de encontro a ele e tomou um drible capaz de causar inveja a qualquer amante do futebol. Assim como entrou, o cão saiu, sem que ninguém o capturasse, causando verdadeiro alvoroço no público que se divertia com a situação.
                                       
                                 Cautela nas semifinais contra os donos da casa

Viña del Mar que acompanhava a seleção desde o início da competição agora dava lugar a  Santiago. O Brasil enfrentaria o Chile, de olho na vaga as finais. Toda a precaução era necessária para esse jogo. Com medo de fraudes e infecções intestinais causadas por sabotagens, os médicos da seleção se recusaram a oferecer aos jogadores comida e bebida disponíveis no hotel, sendo eles mesmo responsáveis pela compra e produção dos alimentos aos jogadores.

A partida disputada no estádio Nacional na capital chilena tinha ares de decisão. Os torcedores locais, grandes admiradores do futebol tupiniquim, se viam em uma tarde melancólica. “A expectativa dos chilenos era de encontrar o Brasil na final, e não antes, por isso, um sentimento de tristeza tomava conta do país naquele dia”, ressaltou Hildebrando.  Iniciada a partida, Garrincha foi caçado, hostilizado, intimidado e intimado pela zaga chilena que não tinha pena de bater sem pudor. 

Ainda sim, marcou duas vezes, com Vavá e Amarildo completando a goleada de 4x2. No término da partida, cansado das agressões sofridas, Mané Garrincha revidou desferindo um soco em seu adversário sendo expulso e causando posteriormente, uma das maiores polêmicas da história das Copas. Agora, o Brasil teria pela frente novamente a Tchecoslováquia.

                            Manobras políticas nos bastidores e Garrincha na final
 Acabada a partida, os dirigentes brasileiros, indignados em ver Garrincha apanhar durante os 90 minutos e vê-lo expulso por revidar, foram de encontro ao arbitro, na saída para o túnel. O peruano Arturo Yamazaki se viu num beco sem saída. Os cartolas brasileiros subornaram o juiz, desaparecendo com a súmula e assim, Garrincha, “liberado” para jogar a finalíssima.
                                  
                                        A consagração da geração de 58 no Chile

                            
                                   O capitão Mauro repete o gesto de Bellini em 58

Aquele 17 de junho ficará marcado na memória, ao menos de Ayrton Souza. Oriundo da capital, ele conclui: “Era pequeno, tinha oito anos, minha primeira Copa, foi uma emoção ouvir as narrações fantásticas daquela final”.

Pelé tinha remotas chances de ajudar naquela tarde, mas não o fez, a lesão não curou e povo brasileiro creditava suas esperanças no gênio das pernas tortas. Em uma final difícil, no mesmo estádio Nacional, e com a Tchecoslováquia abrindo o placar, coube a Garrincha reerguer a seleção, em um dia que tudo parecia perdido. Auxiliando nas jogadas ofensivas, deixando adversários estupefatos caídos no chão, Mané construiu as jogadas dos três gols marcados por Amarildo, Zito e Vavá, virando o jogo para um espetacular 3x1. Os chilenos eufóricos vibravam com a atuação canarinho, conta Hildebrando.” Nunca havia visto até aquele momento, tamanho apoio de uma torcida local, tanto na Suécia em 58, quanto no México posteriormente, eles vibravam como se não houvesse amanhã”.

Coube a Mauro, capitão da seleção levantar a taça e escrever mais um capítulo de glórias daquela geração. Muitos deles, jamais repetiram grandes atuações. Garrincha fora um deles. Destruído pelo álcool, ele encerrou a carreira cedo, cabendo a geração de Rivelino e Gérson, comandados pelo Rei, recolocar o Brasil no topo do mundo em 70.

O contestado


Marco Antônio foi celebrado como grande contratação do Grêmio no início da temporada. Vindo da Portuguesa, onde era capitão e ídolo do time, ele foi fundamental no acesso à série A do Campeonato Brasileiro. O jogador vinha com grandes perspectivas de ajudar Douglas na armação da equipe.

Eis que tudo deu errado no planejamento gremista.

Visivelmente fora de peso e com a Libertadores em mente, Douglas rumou ao Parque São Jorge sem deixar saudades na torcida tricolor. Com isso, "Xavi" Antônio, como era conhecido no Canindé, ficou inteiramente responsável em levar o time à frente.

A grande chance de mostrar o seu valor apareceu. O bom jogador sucumbiu aos altos e baixos da equipe.

E a camisa, pesou.

Apesar disso, é o líder de assistências na temporada, com 8 passes para gol, além de deixar a sua marca 3 vezes nas redes adversárias.

O jogador, desgastado pelas críticas, parece não entrar em campo. Suas atuações, cada vez mais pífias, enlouquecem os torcedores, que pedem mudanças.

Zé Roberto, em breve tomará conta do setor, até lá Rondinelly pede passagem. Todavia, Luxemburgo parece não quer ver.

O que o técnico pode fazer por sua equipe e pelo seu atleta é dar um tempo.

Um tempo para que o grande líder e bom jogador que tem dentro de Marco Antônio, desembarque no estádio Olímpico.

Ninguém desaprende a jogar, isso é fato. Entretanto, as vaias e a pressão, levam a desconfiança em si mesmo. 

O número 11 está desacreditado. Abaixou a cabeça para as adversidades.

Luxa tem caráter decisivo nisso. Cabe a ele retirar o jogador e deixar que ele levante a cabeça e mostre-se capaz de guiar o Grêmio rumo a Libertadores de 2013.


Érik Pastoris (erik.0391@hotmail.com)


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Alexandre, o Grande

                               
          Colin Farrell, no épico "Alexandre, o Grande" (2004) 


O dia 13 de junho é uma marcante para qualquer apreciador da História. Em 323 AC., sucumbia frente a uma febre mortal o responsável pela construção de um dos maiores Impérios do mundo antigo. Cordial com os que se rendiam, cruel e inquisidor com quem ousasse se impor perante seu exército. Este era um dos maiores gênios das batalhas, Alexandros III Philippou Makedonon, popularmente conhecido como Alexandre, o Grande.
                                                  Os ensinamentos de Aristóteles
Filho do rei macedônico Felipe II com Olímpia, princesa do Epiro, Alexandre nasceu no ano de 356 AC. na Babilônia. Desde cedo se destacava tanto nas artes marciais quanto por ser um grande domador de cavalos, de tal forma que domou em poucas horas Bucéfalo, seu fiel companheiro nas batalhas que viriam. Admirador da épica Ilíada, de Homero, Alexandre cativou-se pela história de Aquiles e desde então, o tornou como exemplo de vida.
Seu pai incentivou as artes e a cultura na vida do jovem príncipe. Ele atribuiu a Aristóteles, um dos homens mais sábios daquele tempo, a tarefa de educar o herdeiro do trono macedônico. Política, ciências, medicina e história grega foram ensinadas por seu tutor, fazendo nascer dentro de Alexandre um profundo gosto pela cultura helenística, o que levou ele a difundi-la anos mais tarde aos povos conquistados.
                                         A morte de Felipe II e o início do reinado de Alexandre
Devido ao conhecimento adquirido, o jovem Alexandre se encarregava das colônias na ausência de seu pai e com 18 anos, a frente da Cavalaria, derrotou o batalhão sagrado em Tebas na Batalha de Queronéia, depondo a Grécia sobre tutela Macedônica. Durante a cerimônia de casamento de sua irmã, Cleópatra, com o irmão de sua mãe, Alexandre de Epiro, Felipe II foi atingido mortalmente a mando do rei Persa, Dário III, por Pausânias.
Então com 20 anos, Alexandre subiu ao trono e logo teve de conter revoltas internas na Grécia, principalmente em Tebas, onde teve de intervir violentamente, massacrando milhares de Tebanos. Motivado pelas vitorias obtidas, organizou o exército e iniciou a expansão territorial do reino, com um único e ousado objetivo em mente: a conquista da Pérsia.
                                                            As Guerras Persas
 Dário III obrigou o povo a lutar, tendo em suas mãos um exército numeroso, porém desmotivado. Além disso, o rei Persa tinha a seu favor elefantes que serviam de tanques de guerra e carruagens com lâminas pontiagudas e essas, quando em movimento, despedaçava o exército que tivesse pela frente. Para enfrentar tal batalha, Alexandre levou em sua expedição o fator determinante nas conquistas subsequentes: cartógrafos e sábios para estudar o local a ser invadido e programou novas máquinas de guerra como as catapultas, além de aperfeiçoar as táticas de guerra utilizadas por seu pai. No entanto, antes de iniciar a batalha, foi de encontro às ruínas de Tróia, em memória a Aquiles como forma de obter a proteção na "Odisseia" que viria.


 A visita impulsionou o jovem rei, que avançava triunfante em território inimigo, Dário III, temeroso quanto ao futuro do seu reino, foge na batalha de Isso (333 AC.) consumando a derrota frente os invasores. Sua família é feita prisioneira, mas Alexandre trata a todos com cordialidade e respeito. Diferentemente ele fez com a capital do Império, Persépolis. Com espírito de vingança frente à destruição de Atenas 150 anos antes pelos invasores persas, Alexandre mandou incendiar e matar todos que ali viviam. Dali, ele ruma frente à Ásia Menor.
                                        A conquista do Egito e a campanha da Índia
Palestina, Síria e Fenícia são sitiadas e devido ao repúdio que sentiu durante o cerco que durou meses em ambos os reinos, ele manda matar mais de 8 mil pessoas, além de vender como escravas outras 30 mil. O poder de Alexandre aquela altura, já não tinha mais limites e ele só pensava em conquistar o Egito, que ainda estava sob domínio Persa. Ele não encontrou grandes obstáculos e não houvera maiores combates, o povo enxergava-o como um libertador e assim agradecidos pelo feito obtido foi nomeado pelos sacerdotes egípcios Faraó (Deus). Antes de partir em viagem, fundou a cidade de Alexandria, reconhecida por ter a maior biblioteca com cerca de 500.000 exemplares, além do Farol de Alexandria, considerada uma das 7 maravilhas do mundo antigo.
Alexandre então decide invadir a Ásia Central, rumo a Índia, a resistência da população local era fortíssima. Após 3 anos de lutas e massacres, ele conquista uma pequena parte, onde funda a cidade de Bucéfala, em homenagem ao seu cavalo. O exército, cansado dos enfrentamentos ainda tem de enfrentar as adversidades climáticas. Tigres, cobras venenosas e mosquitos surgiam e dificultavam a vida deles na selva, liderados pelo oficial Coinos, eles exigem a volta para Macedônia. Alexandre, desgostoso da decisão do seu exército, acata e mesmo em contragosto, bate em retirada.
                                         A morte de Alexandre e o seu legado
Na volta para casa, Alexandre pretendia invadir a Arábia antes de chegar na Babilônia. Seu plano não se concretizou, e ele nunca voltou a ver a sua terra natal. O tão aclamado conquistador acabou por padecer repentinamente aos 32 anos, ao contrair uma febre que nenhum dos seus médicos soube explicar e curar. Com sua morte, seu Império foi divido entre os generais de sua confiança, mas pouco a pouco, os povos conquistados foram recuperando a sua soberania por meio da força. Ele teve 2 filhos, um com uma concubina e outro com a princesa da Pérsia, Státira, filha de Dário III.
Em 12 anos de reinado, Alexandre dominou boa parte do Oriente, além de Egito e Grécia, sendo o maior Império de seu tempo. Além disso, deu liberdade de culto aos deuses dos territórios conquistados, difundindo o pensamento grego entre eles, fazendo nascer desta mescla entre Ocidente e Oriente a cultura Helenística e inspirou Júlio César no seu modo de governar o maior Império de todos os tempos, o Romano.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados




Para quem está namorando é uma data especial.

Para quem está solteiro, um dia de desespero.

Se estiver namorando, leve sua garota ao cinema para jantar, diga que a ama. Aproveite.

Se estiver solteiro, não se desespere hoje. Pense que a mídia publicitária criou esta data para lucrar com os corações apaixonados, pois não há datas festivas para tal em junho, então não tem por que se entristecer.

Pensemos juntos: todos os dias são dos namorados, faça surpresa para quem ama todos os dias.

Sabe como pode fazer isso?

Amando, verdadeiramente, loucamente, intensamente.

Mas digo amor, não paixão que começa hoje, acaba amanhã e reinicia de novo na semana que vem.

Não ache que ama por aquela pessoa ser o teu "porto seguro".

Isso é comodismo de gente preguiçosa que não consegue ser feliz sozinha.

Aos homens que namoram, aproveitem. Hoje a mulherada tá sensível, frágil, então qualquer boa ação rende excelentes frutos.

Mas também, se não fizer aquela surpresa básica que elas tanto esperam, sem "sobremesa" depois.

Aos solteiros em geral, dont worry, a sua hora vai chegar.

Érik Pastoris (erik.0391@hotmail.com)




Dia de São Valentim



Vim do futuro e digo pra vocês que logo mais no SBT, vai passar o especial "Dia de São Valentim" do Chaves, inédito!

Se não quiser esperar até ás 18h30, confere aí, na íntegra.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O desempenho da dupla no final de semana

Grêmio e Inter cumpriram com os seus papéis no final de semana. Em casa, o Grêmio derrotou o Corinthians. No Engenhão, o Inter empatou com o Fluminense. Ambos estão no G4, em 3° e 4°, respectivamente.

                                                    Deu a lógica no Olímpico


                                      foto: Ricardo Rímoli/ Lance Net


O Corinthians viajou a Porto Alegre com o time reserva, visando poupar os titulares para o enfrentamento contra o Santos, pelas semifinais da Libertadores da América nesta quarta-feira. Diferentemente pensou Luxemburgo. Apesar de enfrentar o Palmeiras pelas semifinais da Copa do Brasil, o Grêmio só poupou Gilberto Silva e foi pra cima da equipe paulista, garantindo os 3 pontos ainda no 1° tempo.

O tão criticado Marco Antônio com um forte chute da entrada da área abriu o marcador aos 21 minutos. Aos 28, após bela jogada de Souza na linha de fundo, André Lima apenas escorou para as redes, dando números finais a partida, deixando o Grêmio em 3°, com 8 pontos e afundando o Corinthians na lanterna com apenas 1 ponto.


                                              Inter empata em jogo morno



Os dois times estavam desconfigurados. Inter e Fluminense tinham demasiados desfalques, seja por lesão, seja por convocação para os amistosos internacionais. As duas equipes, pouco inspiradas, não saíram do zero no placar, mas mesmo assim, a equipe colorada se manteve entre os 4 que postulam vaga a Libertadores da América de 2013, enquanto o Flu é apenas 10°, com 6 pontos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Campanha "Doação Solidária"




Sou estudante de Jornalismo, no IPA, produzo matérias, reportagens, edito textos, mas enfim chegou a hora de entrevistar. Visando traçar perfis de pessoas, resolvi ir de encontro a um morador de rua. Não fui com roupas nem tênis de marca. Queria por um momento sentir tudo que ele sente, todos os dias. Então fui de camiseta regata, calção furado e chinelo. O rapaz, cujo nome, não irei expôr, tinha um semblante triste, faminto e estava com muito frio ( 10h, 7° C).

Feita a entrevista, senti a necessidade de ajudá-lo. Toda a história dita, o sofrimento da madrugada gelada, aquilo me abateu profundamente.

Venho por meio deste dizer criar a campanha "Doação Solidária".

Vamos pensar mais naqueles que nada tem, que passam frio todas as noites, enquanto estamos no Facebook debaixo de uma cama boa e aquecida. Não nos custa nada minimizar um pouco o sofrimento daqueles que não tem à quem acolher.

Funciona muito simples: vai no teu armário, olha quanta roupa boa tá jogada, amassada e tu nem mais vai usar, por quê não doar? A gente se reúne na redenção, ou se quiser, faça por conta própria, e vamos ajudar, dar as roupas a essas pessoas.

Não temos a noção do que é passar a noite embaixo de uma marquise, com uma coberta chula, ou jornal pra enfeitar de cobertor, se nossas autoridades não colaboram com os excluídos, nós como sociedade devemos e temos esse papel.

Partiu?

Érik Pastoris (erik.0391@hotmail.com)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Grêmio no caminho certo



O Grêmio de 2012 é um clube extremamente diferente do que se viu na última década. Jogadores com experiência,  técnico renomado, altos investimentos, poucas apostas em jogadores desconhecidos. Assim, os dirigentes gremistas vão montando um belíssimo elenco para as disputas da Copa do brasil, Campeonato Brasileiro e Sul - Americana.

Ontem à tarde, mostrando sua grandeza ao Brasil, o Grêmio apresentou Fábio Aurélio, 32 anos, e Zé Roberto, 37. Os dois jogadores chegam sem custos de compra ao clube e juntos, tem a missão de colocar o Grêmio no topo do país.

Fábio Aurélio é um ótimo lateral-esquerdo, não terá problema para brigar por posição com Júlio César, apesar desse, também ser bom no apoio e auxiliar nas jogadas ofensivas. Fábio terá como próprio adversário, a si mesmo. As lesões acompanham a sua carreira. No Valencia, onde era ídolo, teve de sair em 2006, devido a uma grave lesão e a posterior perda de espaço na equipe. No Liverpool,  para onde se transferiu, não foi muito diferente. As lesões tornaram insustentáveis a sua partição efetiva durante as temporadas na terra dos Beatles, até que resolveu retornar ao Brasil e assinar com o Grêmio até final de 2013, com o único objetivo de ser aquele Fábio Aurélio que um dia foi.

Zé Roberto é o cara. Diferenciado, com toque de bola refinado e um preparo físico de invejar até os jogadores mais novos, chega para preencher a lacuna deixada por Douglas, vendido ao Corinthians e que até o momento, Marquinhos e Marco Antônio não foram capazes de suprir. Sua experiência de Copa do Mundo e em grandes equipes do futebol europeu, auxiliará certamente no crescimento da principal joia gremista: Fernando.

Idealizar um time gremista com - Victor, Pará, Saimon, Werley e Fábio Aurélio; Gilberto Silva, Fernando, Léo Gago e Zé Roberto; Marcelo Moreno e Kléber - e ainda ter no grupo jogadores como Gabriel, Vilson, Rondinelly, Souza, Júlio César, Bertoglio, André Lima e Miralles é pensar grande, almejar títulos e recolocar o Grêmio no caminho do qual jamais deveria ter saído: das glórias.

Érik Pastoris (erik.0391@hotmail.com)